"Era noite de 31 de julho de 1957. Eu nunca vou esquecer esse dia. Costumava ir a todos os jogos do Jabaquara, mas nesse dia, devido à chuva, meu pai não me levou ao estádio. Tive que me contentar em ouvir pelo rádio a partida contra o Santos. Nunca sofri tanto. No final do primeiro tempo, os santistas já venciam por três a um e eu pensando que o meu Jabuca ia sofrer mais uma goleada. Puro engano. Com vinte do segundo tempo já vencíamos por seis a três e no final, seis a quatro. Uma noite inesquecível. Até hoje comenta-se que as pessoas, após o jogo, saíram de casa de pijama e foram até a porta do estádio para ver se era verdade”.
A lembrança do jornalista Sérgio Silveira, escritor do livro Jabuca dos Nossos Corações, nos remete aos áureos tempos do Leão Caneleira, como é chamado o Jabaquara, time que em setembro vai comemorar seu centenário. No ano de 57, a equipe conseguiu a melhor classificação da sua história em campeonatos paulistas: ficou em terceiro lugar. Mesmo assim, o clube sempre foi o xodó da cidade de Santos, levando alvinegros e torcedores da Portuguesa Santista a tê-lo como segundo time do coração.