Joana d'Arc representa um enigma para os historiadores, que têm grande dificuldade para separar verdade e ficção em uma figura que conhecemos a partir de documentos que a tipificaram e não buscaram nos transmitir qualquer individualidade. Neste livro, Colette Beaune nos mostra que é justamente no cruzamento entre verdade e ficção que se encontra a "verdadeira" Joana, pois ela mesma nunca buscou ser uma figura singular, mas antes se preocupou em calcar sua experiência em modelos de conduta, que nos parecem tipos ficcionais, mas que ganharam todo o peso de verdade em sua experiência de vida.