Jornalisticamente Incorreto reúne as crônicas que a pernambucana Marilene Felinto publicou em sua coluna no jornal Folha de São Paulo, entre 1997 e 1999. O título nasceu da incapacidade da própria autora em se encaixar no conjunto de condutas e regras dos manuais de redação, de sua postura inconformista, na melhor acepção do termo. "Não me ajusto ao jogo de blefes e cartas marcadas que é o jornalismo contemporâneo", confessa. O estilo sempre crítico e ferino da escritora passeia, com dolorosa sinceridade, por assuntos tão ecléticos quanto amor, desigualdades sociais, política, mazelas nacionais, religião, mercado, comportamento, esporte, culinária, história, contrabando, e, logicamente, imprensa e jornalismo. Este livro traz 82 textos divididos em seis capítulos, conforme os temas abordados. Fragmentos de diálogos amorosos pós-modernos; Nosso povo número um!; Consulte sempre um advogado e um psiquiatra; Imprensa, polícia e psiquiatria para ricos; O sertão, a princesa e a ereção das teleobjetivas e Sinal-da-cruz, gol, amém. Tudo isso num livro que não conhece a mediocridade - Marilene se recusa a escrever sem uma finalidade, sem um objetivo, o que parece ser comum no jornalismo atual. Os leitores, acostumados com as críticas contundentes de Marilene, não se decepcionarão com seu novo trabalho.