José de Alencar

José de Alencar Araripe Junior


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No cenário da crítica literária brasileira oitocentista, Tristão de Alencar Araripe Júnior (Fortaleza, CE, 27 de junho de 1848 – Rio de Janeiro, RJ, 29 de outubro de 1911) forma com Sílvio Romero e José Veríssimo a chamada “trindade crítica” da época positivista e realista. Ao contrário de Romero e Veríssimo, Araripe Júnior não chegou a escrever uma história da literatura brasileira, embora tivesse intenção de fazê-lo, como se depreende do título geral – “Literatura Brasileira” – que acompanha, dentre outros, os volumes relativos a José de Alencar e Gregório de Matos, “perfis literários” publicados pelo editor Fauchon, em 1894. José de Alencar saiu pela primeira vez, em 1879, no Vulgarizador, jornal dirigido por Augusto Emílio Zaluar. Com o desaparecimento do periódico, Araripe recomeçou o estudo na Revista Brasileira, sendo depois publicado em 1882. Dois anos mais tarde, o editor Fauchon & Cia propõe ao crítico cearense organizar uma segunda edição da obra, num momento em que se discutia erigir uma estátua de bronze a José de Alencar. Ambos os “perfis literários” - José de Alencar e Gregório de Matos - foram inspirados no evolucionismo de Herbert Spencer e no determinismo de Hippolyte Taine, matrizes da crítica literária da época, às quais Araripe Júnior recorre, mas igualmente mantém certa distância, dado que em relação à tríade taineana prefere o “meio” à raça. A nota pessoal com que abre o ensaio sobre Alencar – “Vi José de Alencar, pela primeira vez, em 1860” – tempera igualmente a rigidez dos esquemas explicativos de Taine e Spencer. É ainda o estudo sobre José de Alencar o que mais de perto fala ao Araripe crítico, que começou a sua carreira literária escrevendo prosa de ficção nativista, sob forte influência do autor de O Guarani.
O evolucionismo (também chamado transformismo ou teoria da evolução) é uma doutrina que admite a evolução orgânica das espécies. A tese da evolução só conseguiu se impor com o advento da paleontologia e dos trabalhos de Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) e de Charles Darwin (1809-1882) no século XIX. A teoria da evolução baseia-se nos seguintes conceitos: origem da vida, provas da evolução a partir de campos biológicos diversos, fatores de evolução (herança, variabilidade, seleção natural) e isolamento. O evolucionismo rapidamente se expande para outras áreas do conhecimento, como a filosofia, antropologia, sociologia, política e história.
Para Hippolyte Taine (1828-11893), criador da teoria determinista, o comportamento humano depende de três fatores: as características fisiológicas do indivíduo, o meio físico e o momento histórico.

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