Leis da sorte

Leis da sorte Amy Chazkel


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Leis da sorte


O jogo do bicho e a construção da vida pública urbana




Ao apresentar o livro de Amy Chazkel, permitam-me uma reminiscência. Em minha infância, vivida no Rio de Janeiro, ouvi várias vezes, de gente adulta e sisuda, que o jogo do bicho era a atividade mais honesta que havia na cidade. Lá, dizia-se, quem acerta ganha o que lhe é devido, sem apelação. Mas aquela gente sisuda também dizia, para perplexidade do menino, que o jogo era ilegal, às vezes dava polícia. Precisei esperar muitos anos para ler Leis da sorte e entender a complexidade da história que aqueles diálogos arranhavam. Chazkel explora a “ilegalidade ambivalente” desse tipo de loteria, mostra que a história acontece no vão criado pela lei que não se cumpre nem se deixa de cumprir. Tal ambivalência institui o espaço de flexibilidade ou arbítrio no qual se movem as autoridades policiais e judiciárias e faculta aos populares os meneios e astúcias que garantem o seu lugar na “vida pública urbana”. (Sidney Chalhoub)

História do Brasil / Não-ficção / Política

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O livro Leis da sorte, da historiadora Amy Chazkel, é uma genealogia e uma arqueologia fundamentais do jogo do bicho no Brasil. A autora traz à tona uma série de questões centrais para compreender a conturbada história da vida pública no Rio de Janeiro. Questões, aliás, de uma notável atualidade: a relação entre os projetos urbanísticos e a especulação imobiliária; a tensão entre os grandes negócios e a economia informal na cidade; a intervenção da polícia nas formas de existência e de... leia mais

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