“Era tarde de verão, com seus vermelhos, seu mormaço brabo. Quem conhece o subúrbio sabe o quanto de cor e calor tem cada coisa. No subúrbio é que fica o sexo da cidade.” Ricardo do Carmo escreve sobre o subúrbio, berço da cultura popular do Rio de Janeiro. Não dá para imaginar o caso do tio Alamir, o carnê-ladrão do Girafa, a conversa entre dona Izildinha e sua vizinha, e muito menos os dramas terríveis de seu China e dos pais de Pedro, acontecendo em outro lugar. É uma crônica do subúrbio. Prosa onde, aqui e ali, nos deparamos com poesia. Marcos Chiquetto - escritor e tradutor
Crônicas