Se Paulo Freire puder ler, na outra dimensão para a qual emigrou, este livro que eu acabei de ler; com grande emoção, ele também se sentiria feliz em constatar que nada se perdeu dos sonhos, das esperanças, da amorosidade e das lutas que marcaram sua trajetória e sua obra ao longo de toda a sua vida. No livro que me cabe apresentar; Paulo Freire está presente, de corpo inteiro, da primeira à última página.
Não foi escrito apenas com muita inteligência, mas também com muita amorosidade, de acordo com as razões do coração. Em homagem a Paulo Freire, no ano em que ele completa 90 anos de existência, concluirei com aquela que eu considero a aprendizagem mais bela e definitiva de seu exílio, e que ele nos confiou numa entrevista (Pasquim, 1978): "Eu sou capaz de querer bem, enormemente, a qualquer povo".
Balduino Antonio Andreola, professor universitário e estudioso das obras de Paulo Freire
Educação