"Lembranças guardadas numa bagagem" é claramente uma mistura ácida, profana e irônica dos seres contemporâneos, onde tudo acaba mais rápido que um disparo e dói como se fosse a queima roupa. Uma poesia crua, nua, sem medo de ser o que é. Angelo redesenha o amargo da vida, despe o silêncio e veste o grito contido do peito. Uma receita da solidão do cotidiano, um rancor que não se sabe da onde veio e para onde vai. O poeta borda e pinta os amores desbotados pelo calor dos dias, expõe saudades e injustiças que cada ser humano carrega nas bagagens da vida, essas tão pesadas, que às vezes não conseguimos suportar.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias