Nesta obra, o autor aponta para os fatores que permitem conjugar Linguagem, Escrita e Poder, e dispõe os seus problemas básicos de maneira totalmente original, numa perspectiva cuidadosa, capaz de alertar para os riscos de atitudes teóricas precipitadas e de técnicas de última hora. Nesse sentido, se a linguagem tem relação com o poder, será preciso um exame rigoroso das formas mais sutis pelas quais a própria linguagem instrumenta esse mesmo poder. Da mesma forma, se se considera a alfabetização como um processo comprometido com mecanismos sociais suspeitos será preciso colocar sob suspeita também a nossa própria forma de avaliação desse processo, enquanto membros de uma civilização grafocêntrica.