"[...] neste livro, o poeta se faz cronista para nos trazer em prosa as notícias de um mundo em que 'os pedreiros constroem casas (alheias) como se fossem (seus próprios) lares' - e as domésticas 'não admitem ser domesticadas'. Notícias de 'um povo lindo e inteligente que sonha enquanto faz'.
Em sua estreia na crônica, Vaz profana a língua com talento para incluir nela um naco maior de mundo. Tem dedos de navalha para disfarçar a ternura do olhar que afaga as entrelinhas. Nos encanta - e às vezes nos golpeia - com achados de linguagem paridos numa realidade onde as frases têm de ser puxadas pelo pescoço para não morrer de bala perdida antes mesmo de existirem.
Crônicas / Literatura Brasileira