Nossa proposta é investigar algumas literaturas que nem mesmo se configuram como marginalizadas, pois são praticamente invisíveis aos olhos dos estudos literários e/ou do mercado. Curiosamente, essas literaturas são reconhecidas por públicos específicos, mas nem por isso são estudadas devidamente, criando uma legião de leitores invisíveis. É o caso das obras de Paulo Coelho, best sellers rotulados como auto-ajuda e ignorados pelos estudos literários. Outro exemplo mais crônico é a ficção científica brasileira: duplamente invisível devido à cegueira dos estudos literários e do mercado, sobrevivendo através de movimentos subterrâneos (publicações artesanais, comunidades virtuais etc.).