Segundo Alfred Whitehead, a filosofia ocidental não passa de uma sucessão de notas de rodapé da obra de Platão. Talvez ele tenha exagerado um pouco, mas nem tanto assim: seja para concordar ou discordar, fato é que boa parte dos filósofos do Ocidente iniciaram sua jornada filosófica justamente por Platão. E é justamente em Fédon, ou Da Alma, que temos ao mesmo tempo o ápice e a melhor introdução possível ao seu pensamento. Em Fédon, somos apresentados ao chamado Mundo das Ideias e ao conceito de transmigração das almas, que podem sim seguir para o além-vida, o Hades, mas que também podem retornar, para aprenderem, vida após vida, a se tornarem melhores e mais sábias. Ao final desta verdadeira obra-prima, ainda temos a memorável disposição de Sócrates diante da morte iminente, o que já antecipava o próprio estoicismo.
Para esta tradução, contamos com a experiência de Rafael Arrais, celebrado tradutor de obras como Meditações de Marco Aurélio, o Manual para a Vida de Epicteto e Filosofar é Aprender a Morrer, com ensaios selecionados da obra de Montaigne.
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