Percurso às avessas

Percurso às avessas Paulo P. Nascentes


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Percurso às avessas


Dorvalino semimorre




ROMANCE, POESIA, CONTO, que bagunça é essa? Delírio e morte do Editor de Literatura do Jornal? Escritor inédito, as botas da Ditadura no seu encalço? Embora advertido verbalmente, dois ou três números depois publicaria outro poema ainda mais forte: “Subterrâneos”, cometido sob o impacto dos estilhaços da ABI, do carro do Deputado Marcello, de bancas de jornais do eixo Rio-
-São Paulo. Sua era a cabeça a prêmio, apertada na gravata irreverente, juvenil e louca de sua geração silenciada. Fato é que Dorvalino Mendes mantinha em sigilo relações profundamente eróticas com as palavras. Impregnava-se do perfume lúdico das poesias lidas. Dormia com quase todas, “erotômano incorrigível”. Palavras íngremes, escalada ainda por fazer, atirou-lhe em pleno rosto uma personagem poeta, frequentadora das mais assíduas de sua (vertebral) coluna. Lu puxaria o gatilho? Relendo a própria vida, Dorvalino percebia-se absurdo: por que narrar-se em romanos sequenciais?! Qual critério? Conceição-do-Mato-Dentro? MENDES, D.? Qual a prioridade do primeiro capítulo? Melhor capitular. E recapitular. Capitulava, enfim. Abandonaria a narrativa, assinando seu compromisso indeclinável com o caos. Apertou a tecla print do seu ser. O monitor imprimiu cores na tela. Depois letras. E sons digitais a raio laser. Em FM estéreo. Espetacular. A diferença está na música!

Contos / Ficção

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