As coisas sem ênfase
Como são tristes as coisas, quando olhadas sem ênfase, filosofava o poeta Drummond. Mas quando olhadas sem ênfase é que as coisas mostram a sua importância, parece que filosofa o surpreendente Igor Luchese nestas páginas, que tangenciam a crônica e a poesia. Faz ele um texto despojado no qual, mesmo de caneta em punho, não se encontra nada para riscar. E produz um humor refinado, de quem não deixa escapar nada das coisas sem importância. Tudo muito gostoso de ler. Volto a dizer. Tive uma bela surpresa.
José Clemente Pozenato