Guerra aérea e literatura

Guerra aérea e literatura W. G. Sebald


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Guerra aérea e literatura


com ensaio sobre Alfred Andersch




Num ensaio contundente, Sebald radiografa a estranha ausência na literatura alemã do pós-guerra de um tratamento realista do drama humano dos bombardeios empreendidos pelos aliados que destruíram muitas cidades da Alemanha.

W. G. Sebald, mais conhecido por seus romances que mesclam de maneira singular a ficção e a memória histórica, esmiúça um tema tabu nesse ensaio polêmico: a dificuldade dos escritores alemães do pós-guerra em lidar com a destruição das cidades do antigo Reich.

As centenas de milhares de vítimas civis, os órfãos sem rumo, as cidades reduzidas a escombros, as legiões de desabrigados vagando pelas estradas, nada disso foi enfrentado de modo convincente na literatura alemã, que, quando tocou no assunto, em geral recorreu a uma estilização estéril ou a uma retórica sentimental e religiosa que acabaram por esvaziar a tragédia.

Sebald não se limita a traçar o diagnóstico dessa grave omissão, mas tenta entender seus motivos, que, ao que tudo indica, têm a ver com o recalque do trauma nazista, com os sentimentos de culpa e humilhação durante o período de frenética reconstrução material do país que ficara em ruínas depois da guerra.

Completa o volume um estudo sobre o escritor alemão Alfred Andersch (1914-80), tomado por Sebald como caso exemplar do intelectual que teria se preocupado mais em reescrever o seu passado e retocar a sua imagem moral do que descrever o que de fato ocorreu durante o Terceiro Reich.

Ensaios / História / Literatura Estrangeira

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on 23/9/11


Foi ao ler don Javier Marías que soube pela primeira vez de W.G. Sebald. Em um de seus artigos de jornal ("El amargo valor de algunos muertos", incluído no Harán de mí un criminal) ele falava da morte de "Max" Sebald em um acidente automobilístico; da amizade entre eles - que era apenas epistolar afinal de contas; de algumas de suas afinidades; e do fato de Sebald ter o título de duque de Vértigo, do imaginário reino de Redonda de Marías (sim, Javier Marías é rei - Xavier I, mas esta é... leia mais

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