"A Heritage of Stars". Daqui a milhares de anos, quando até os indestrutíveis crânios dos autômatos destruídos estiverem dispersos, como lixo, pelas florestas do continente a que hoje chamamos americano, e onde então mal será recordada a grandeza da velha civilização tecnológica, Tom Cushing lançar-se-á em busca do fabuloso Lugar de Ir às Estrelas, do qual o antigo "homem tecnológico" partia para viajar entre as civilizações alienígenas da galáxia. Aí estariam os estranhos artefatos que a humanidade trouxera de outros mundos e até, segundo se dizia, algumas criaturas desses mundos. A missão de Tom seria a de recuperar o conhecimento perdido - a herança perdida pela Humanidade.
Mas Cushing não se sentiu só na viagem. Outros companheiros surgiram pelo caminho. Uma velha meio louca ou excêntrica que talvez fosse uma bruxa ou tivesse poderes supernormais; um autômato amigo; um sobrevivente da velha civilização que vencera o seu condicionamento e perdera quase toda a sua memória; um homem de meia-idade que dizia poder comunicar com as plantas, e a sua filha, uma jovem que não falava, mas podia comunicar telepaticamente.
Junte-se a tudo isso - com a habitual habilidade de Simak, que lhe permite combinar, como nenhum outro autor, o verosímil com o inverosímil - muitas outras coisas, desde rochas e árvores inteligentes a serpentes fantasmas, a uma tribo de habitantes das pradarias e à própria cidade - o Lugar de Ir às Estrelas - sobre uma grande mesa vulcânica, no noroeste americano. E tenha-se a certeza de que o inverosímil esquece. Em Simak, tudo é lógico. Humanamente lógico. Até quando a lógica surge para além de tudo quanto parece humano.
Ficção científica