Os valores e ideais que inspiram sua obra nada têm de novo. Quer os chamemos pelo nome de “consideração positiva incondicional”, de “liberdade, igualdade e fraternidade”, de “justiça e caridade”, de “respeito pela dignidade e integridade da pessoa humana” ou por outros titulos clássicos e humanistas, estes valores foram reconhecidos por gerações de homens como marcos milenares na rota do progresso humano. Estes valores nos são, pois, relativamente familiares, pelo menos enquanto noções, e nós gostamos de invocá-los quando a ocasião se presta a isso, isto é, em circunstâncias suficientemente solenes. Assim, o mérito especifico de Rogers não reside no fato de ter reconhecido a importância destes valores, nem mesmo no fato de tê-los incorporado à psicologia moderna, teórica e aplicada. O mérito e a originalidade de sua obra é de ter dado a estes valores formas concretas, observáveis, comunicáveis e suscetíveis de serem integradas efetivamente nas mais variadas situações e condutas inter-humanas.
É este aspecto de sua obra que procuramos evocar e comunicar no Volume II deste livro.
Psicologia