O patrimônio e sua defesa nunca foram tão populares mundo afora quanto nesta última geração. Mas caso queira testemunhar da autenticidade de monumentos e de lembranças, seu sucesso se alimenta, de acordo com seus críticos, sobretudo de tradições inventadas ou de valores oportunistas. Ele parece então se confundir com um pensamento ao sabor de modismos ou até com bens de consumo. Esta obra pretende, ao contrário, lhe fazer justiça mostrando o quanto a razão patrimonial, inscrita num longo período da reflexão ocidental, incorpora à nossa inteligência diversas formas do passado. Trata-se aqui acima de tudo da capacidade de alimentar um conjunto de representações tanto utópicas quanto conservadoras, nascidas da convicção de um desenvolvimento da arte na história.