Neste livro abro espaços modestos. Espaços na forma de brechas simples e delicadas para a infância entrar. Verdadeiros interstícios entre as ordinariedades cotidianas, ora boas, ora inóspidas. Construo uma brincadeira com palavras cujo mote são os diálogos e as descobertas da infância. Infância e infâncias. Brinco de viver e reviver infâncias em suas intensidades. Brinco de lembrar. Brinco de me ver escrevendo e escrever imaginando os sorrisos e alegrias de crianças em minha volta. E enquanto escrevo esses fragmentos de espaços-tempo infantis vividos por nos, escrevo também um subtexto e, este sim, é o texto que mais importa este sim , ao contrario do que se apresenta, é um texto contínuo, ininterrupto e vital, pois celebra a gratidão e a felicidade de ter crianças em minha vida, aprender com elas e de ama-las sem fim... Pais, mães, avos, adultos, jovens, idosos, convido-os a dialogar com a infância que tivemos e que podemos criar sempre.