No contexto da crise social e política corrente, como entender o ciclo de lutas que nasceu na Tunísia, floresceu nos países árabes, passou pela Europa, acampou em Wall Street e hoje toma conta das ruas brasileiras? O que exige a multidão? Quais as estratégias possíveis para criar novas formas de governar? Através da investigação das condições sociais e políticas em que essas lutas se originaram, os filósofos Antonio Negri e Michael Hardt atacam as quatro figuras subjetivas produzidas pela crise: o endividado, o mediatizado, o securitizado e o representado. Trata-se de um convite para que cada um se liberte daquilo que o mantém oprimido – seja a dívida, a mídia, o medo, ou a despotencialização política. O objetivo dessa declaração é simples: contribuir para a construção de uma sociedade mais horizontal, fundada naquilo que é comum.
“Acreditando que somente um processo constituinte baseado no comum pode proporcionar uma alternativa real, consideramos que estas verdades dispensam explicações: de que todas as pessoas são iguais, de que adquiriram por meio da luta política certos direitos inalienáveis, de que, entre esses direitos, incluem-se a vida, a liberdade e a busca da felicidade, e também o acesso livre ao comum, a igualdade na distribuição da riqueza e a sustentabilidade do comum.”
Michael Hardt e Antonio Negri
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