Apesar de precocemente reconhecida, consagrada e premiada, Orides Fontela, enquanto mantinha sua alta produção poética, depois de cursar filosofia na USP nos anos 1960-70, entregou-se a uma vida cada vez mais reclusa, na verdade, antissocial, até morrer sozinha em um sanatório para tuberculosos em Campos do Jordão. O enigma Orides , de Gustavo de Castro, é a biografia de uma das maiores poetas brasileiras modernas – além de conter 22 poemas inéditos redescobertos pelo autor. Integrante da geração de Paulo Leminski, Hilda Hilst, Roberto Piva e Adélia Prado, a poeta paulista Orides Fontela (1940-1998) surgiu na cena literária brasileira da segunda metade do século XX descoberta pelo professor de teoria da literatura da USP Davi Arrigucci Jr., que em seguida apresentaria sua obra a Antonio Candido. Dessa descoberta resultaria seu primeiro livro, Transposição [1969), seguido de Helianto (1973), Alba (1983 – Prêmio Jabuti), Rosácea (1986] e Teia (1996 - premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte). O enigma Orides , obra contemplada pelo Rumos Itaú Cultural 2013-2014 , narra em detalhes a história por trás de uma poesia ao mesmo tempo radicalmente moderna, bela e áspera – poesia que foi reunida por completo, entre todos os seus livros lançados em vida, em seu Poesia completa .
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