No ano de 1964, os militares depuseram o presidente João Goulart do poder e assumiram o comando do país. Perpetuaram-se à frente da nação por 21 anos. Nesse período, a censura era um atributo do Estado, regulamentada por um arcabouço legal. O governo controlava, com olhos repressores, produções artísticas, entre elas o cinema. Tudo em nome da moral, dos bons costumes e da segurança nacional. Para os militares, havia, sim, uma "ameaça comunista" no Brasil e as mensagens "subversivas", segundo eles, eram veiculadas através das produções cinematográficas.
Nesta obra, estão presentes as memórias de personagens que viveram durante o regime militar e que tiveram seu cotidiano profissional influenciado pela censura de filmes. Um desses personagens é Maria Nilsa Soares da Silva Duhau, que trabalhou como representante das empresas produtoras de filmes e tinha suas próprias artimanhas para tentar "driblar" o cerceamento por parte do governo. Há depoimentos, ainda, de um cineasta, de dois censores e até de um economista que era contra o personagem Capitão Gay, interpretado por Jô Soares na década de 1980.
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