assassinos de um coração solitário

assassinos de um coração solitário Marcelo Romani


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assassinos de um coração solitário





A abertura com William Burroughs dá pistas do percurso do romance que se segue. A escrita para Marcelo Romani, assim como para Burroughs, é uma urgência para não morrer de vida. A personagem desse romance, João Carlos Brás, vulgo Juca, experimenta a intensidade de algo forte demais que ultrapassa o limite do seu corpo. As linhas traçadas rodopiam na repetição de um consumo alucinado do álcool e da cocaína em festas e reuniões que prenunciam o desastre. Ele pressagia a ruína da tentativa de permanecer preso à condição humana. É isso mesmo, Juca não é humano, mas um alienígena que habita o planeta Terra parasitado pela Rede de Sujeição. Não é nada fácil livrar-se desses vermes. Eles se nutrem das misérias de existências condenadas à impotência da repetição sem fim do idêntico. Juca não quer ser guia de ninguém para não se afogar com a maioria. Ele apenas deseja “possuir a vida que nos possui”. E isso já é muito para uma personagem cuja história vale a pena ser contada. Além da invenção de uma personagem de vida potente e incomum, Marcelo Romani neste romance de estreia revela sua arte da escritura. A linguagem é fluente para uma história de intensa experimentação, que se aproxima das potências da vida. Advirto o leitor que não se trata de um entretenimento sem repercussão, mas de uma leitura que põe a vida a prova. E, por isso, aproxima-nos de uma vida artista de risco.
Silvana Tótora (Professora da PUCSP)

Literatura Brasileira / Romance

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Élinson
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20/05/2016 10:52:36

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