Aos oitenta anos de idade, o rádio ainda não recebeu a devida atenção dos estudiosos que sobre o rádio discutem mas não escrevem. Os estudos e a produção acadêmica enfocam mais a televisão e a imprensa escrita. Por ser um meio de comunicação simples , sofre o preconceito da elite intelectualizada ou dos adeptos da tecnologia de ponta. Embora o setor se transforme de modo acelerado, adaptando-se à s novas tecnologias, nota-se a ausência de pesquisa. O rádio, pelas suas caracterÃsticas: adentramento, intimidade (fala ao indivÃduo), regionalismo, imediatismo, mobilidade, acessibilidade, custo barato, função social e comunitária, continua sendo um poderoso meio de comunicação de massa. O autor faz uma reflexão sobre o rádio, sua estrutura, lógica, meandros, linguagem, formatos e tipologias. Oferece, ainda, a oportunidade de se pensar o rádio em sua amplitude de difusão e sua função nas diversas formas de sociabilidade. O texto discorre sobre os campos sociais e as teorias da comunicação, passando pela história do rádio no Brasil, conceitos e diferenças de comunicação e informação e seu uso no rádio. Apresenta, ainda, uma classificação dos gêneros radiofônicos. Os interessados na comunicação podem encontrar neste texto uma "radiografia" da produção radiofônica, tendo como base a dinâmica das programações atuais, incluindo-se, também, os produtos em desuso, mas que, diante do novo panorama da comunicação mundial, podem ser novamente aproveitados, adaptados e aperfeiçoados.