Cuscuz, o reino em que Rosa, a princesa feiosa, nasceu era obcecado pela beleza. O concurso anual de beleza ficava mais concorrido a cada ano, e as participantes se utilizavam de artimanhas complexíssimas para vencer: pintavam os cabelos para que eles ficassem parecidos com sorvetes de framboesa ou tapetes persas, por exemplo. Por isso, quando o povo soube que Rosa não era exatamente bela, instaurou-se o pânico. A reputação de Cuscuz entre os outros reinos desabou, e o entusiasmo de seus cidadãos para pagar impostos começou a diminuir. Mas o tempo passou, Rosa cresceu e, embora não se tornasse nem um pouco bonita, revelou-se uma menina extremamente simpática e inteligente. Seu pai havia banido a sabedoria do reino, pois tinha medo de passar por tolo, mas Rosa adorava ler. E por isso tinha se aproximado de Gaspar, o bobo da corte, que também cultivava uma paixão secreta pelos livros. Todos superaram o choque inicial, e passaram a adorar a princesa. Até que um jovem e belo príncipe apareceu... Ele procurava uma noiva, e os dentes tortos, o nariz esquisito e o cabelo espetado de Rosa não condiziam com o papel. Imediatamente ela desejou ser bela ? e fez seu primeiro pedido a Eleonora, sua fada-madrinha. Apesar dos avisos de Gaspar e de Eleonora, Rosa bateu o pé: a fada realizou o seu desejo e a agora belíssima princesa foi escolhida pelo príncipe. No entanto, Rosa cedo percebeu que a beleza ? e o príncipe ? não eram nada daquilo que ela imaginava..."
Infantil / Infantojuvenil