“Log” é um processo de registro, utilizado para restabelecer o estado original do sistema computacional, conhecer seu comportamento no passado, diagnóstico de problemas e outras coisas mais.
Tudo ia bem na espaçonave rumando para Oort-Clarke-Amazonas, A tripulação em hiper-sono e o Major contando 516 dias no espaço. A solidão só não era maior porque em sua mente tem um B.O.R.I.S. (Bio Operational Resource Interface Sistem). Abaixo vou deixar o log #1525 pra ficar mais simples de entender essa “simbiose”.
O problema é que a nave foi de encontro a um buraco negro… resumindo: a tripulação e os equipamentos são ejetados. Passada a desordem, o Major acorda sozinho em um planeta de gelo. E o que temos desse ponto em diante é uma das aventuras mais malucas que eu já vivi.
Acompanhamos tudo que acontece pelos “logs” que o Major faz, interagindo com Boris. Em nenhum momento testemunhamos a presença do implante, mas o Major fala com ele o tempo todo. Rola até umas tretas. É muito bom!
É uma aflição atrás da outra, emendadas com momentos desesperadores. O Major tenta sobreviver, juntando peças das naves de transporte que caíram, enquanto procura pelos outros tripulantes. Estamos dentro da cabeça dele, acompanhando cada pensamento. A sensação é claustrofóbica, mas também é angustiante e aflitivo caminhar por aquele lugar assustador, frio, vazio.
Major é um dos personagens mais icônicos que conheci. O cara é muito doido e dá umas viajadas insanas dentro da mente enquanto luta pela vida.
E o Boris? Em alguns momentos achei que o Boris era uma alucinação do Major. Um amigo imaginário… mas tenho certeza que não.
O mais foda são referências ao rock e cultura geek que o autor faz em vários logs. Também vou deixar abaixo o #1666C. O meu preferido.
Confesso que me identifiquei com o Major. No decorrer da história senti como se fossemos amigos. Eu queria ter um Boris também. Deve ser bem doido isso.
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Recomendo com força total esse livro incrível de Ficção Científica BR
Diário de bordo: Log #1525.
Agora sou um só com o sistema central da nave. Acesso todo o corpo da nave só de pensar nele. Realmente o Boris surge como um segundo pensamento e conforme me concentro nele passo a conversar como se fosse outra pessoa, mas estou apenas pensando. Bom, as vezes me pego falando alto e sozinho, mas aí a nave responde, isso dá calafrios.
Log #1666C
Qual é o número desse log, Boris?
Que merda, eu deveria ter uma música especial para essa ocasião. É, Heavy Metal cairia bem.
Exatamente, Boris! Aquele clássico da segunda metade do século XX...