DIREITOS DO HOMEM / Thomas Paine ; Trad. por Mª Isabel Veríssimo '-' Rights of Man (1791), um guia das ideias Iluministas; este é um pequeno tratado em defesa dos princípios de liberdade: "(...) Nunca existiu, nunca existirá e nunca poderá existir um Parlamento, ou uma classe de homens, ou uma geração de homens, em qualquer país, com a posse do direito ou o poder de obrigar ou controlar a posteridade até "o fim dos tempos" ou de impor para sempre como o mundo será governado, ou quem governará. E, por isso, todas estas cláusulas, atos ou declarações com os quais seus elaboradores tentam fazer o que eles não tem o direito nem o poder de fazer, nem o poder de executar, são nulos em si. Toda idade e geração deve ser tão livre para agir por si mesma em todos os casos como as idades e gerações que a precederam. A vaidade e a presunção de governar além da sepultura é a mais ridícula e insolente de todas as tiranias. O homem não tem nenhuma propriedade sobre o homem; nem nenhuma geração tem propriedade sobre as gerações que a seguirão".
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[Sobre o Autor] Decorridos quase dois séculos da morte de Thomas Paine e distantes que estamos de um mundo plenamente livre, vale a pena conhecer quem era este homem legendário, e mais importante ainda como enfrentou os inimigos da liberdade, demonstrando a força das idéias no seu dia-a-dia. (...) mesmo não sendo nem norte-americano nem francês, tomou parte ativamente na luta pela independência nos Estados Unidos da América e na queda do antigo regime da França.
"Uma participação de duas revoluções - escreveu ele - é viver para algum propósito". Este cidadão do mundo, soldado da liberdade, enfrentou a tradição usando as palavras como uma arma. Espalhou por onde esteve que é lícito lutar e que a luta torna o homem mais digno. Com ele, os princípios liberais ganharam as ruas e tornaram-se uma bandeira revolucionária, que concitava a um impertinente desafio à ordem há tanto tempo estabelecida. Paine possuía uma orgulhosa consciência do significado das batalhas que travava. Sabia que dependia delas a mudança da face perversa que as sociedades sustentavam. "A era atual - a declarava - merecerá doravante ser chamada a Era da Razão!
Paine despertou paixões, desafiou velhas crenças; forjou uma nação, inspirou bandeiras de lutas em outras e, com certeza, deixou uma lição para os seus contemporâneos e para a posteridade: a liberdade é o mais precioso de todos os bens e por mais árdua que seja a sua conquista, está é uma luta que significa e engrandece os que dela participam - afinal, diria, os homens são responsáveis por seu destino é este só se realiza plenamente quando a liberdade é a igualdade naturais são preservadas. -- Maria Tereza Sadek Ribeiro de Souza.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Paine
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