Romance histórico situado na segunda metade do século XIX, O Leopardo conta a história de uma aristocracia siciliana decadente, ameaçada pela aproximação da revolução e da democracia (decadência da nobreza e a ascensão da burguesia, durante a Unificação da Itália, em 1860). O enredo dramático e a riqueza dos comentários, o contínuo entrelaçar de mundos públicos e privados e, sobretudo, a compreensão da fragilidade humana impregnam O Leopardo de particular beleza melancólica e raro poder lírico, fazendo dele uma das obras primas.
Por muito tempo, O Leopardo existiu apenas na imaginação de Lampedusa, que só se decidiu a escrevê-lo em 1954, próximo aos 60 anos de idade. Os trinta meses que levou para escrever o livro foram também os últimos de vida do autor, que faleceur após ter visto o seu manuscrito ser rejeitado por duas grandes editoras italianas.
O Leopardo foi publicado pela primeira vez em 1958.
Nesta edição, Gioacchino Lanza Tomasi, filho adotivo de Lampedusa, conta com detalhe a história da primeira publicação e das várias edições que se seguiram e revela passagens que foram omitidas pelos editores italianos iniciais.
Ficção