Após a Segunda Guerra Mundial, graças a uma conjugação de sorte e senso de oportunidades, Cyril Conroy entra no ramo imobiliário, criando um negócio que logo se torna um império e leva sua família da pobreza para uma vida de opulência. Uma de suas primeiras aquisições é a Casa Holandesa, uma extravagante propriedade no subúrbio da Filadélfia. Mas o que ele imaginou que seria uma surpresa incrível para a esposa acaba por desencadear o esfacelamento da família.
Quem nos conta essa história é o filho de Cyril, Danny, quando ele e a irmã mais velha - a autoconfiante Maeve - já não moram mais na casa em que cresceram, onde cada centímetro um dia ocupado por eles, pela mãe e o pai agora pertence a madrasta e suas duas filhas. Danny e Maeve aprenderam muito cedo que eram a única certeza na vida um do outro. Eles e a Casa Holandesa.
A construção - erguida na década de 1920 pelos Van Hoebeeks, um casal que fez fortuna comercializando tabaco e cujos retratos em tamanho real ainda estão acima da lareira, na sala de estar - exerce certa aura mágica sobre todos os habitantes da trama, não apenas Maeve e Danny. Foi um troféu para o pai deles, um fardo para mãe, uma ambição concretizada para madrasta. Apesar de suas conquistas ao longo da vida, Danny e Maeve só se sentem verdadeiramente confortáveis quando estão juntos e repetidas vezes voltam aquele endereço, observadores externos da própria vida.