A Guerra Guaranítica

A Guerra Guaranítica Tau Golin




PDF - A Guerra Guaranítica


Maldito para os portugueses, bendito para os espanhóis. Assim foi o personagem histórico José Custódio de Sá e Faria, cartógrafo, desenhista, arquiteto e engenheiro, resgatado pela primeiras vez dos arquivos históricos pelas mãos do jornalista catarinense radicado no Rio Grande do Sul, Tau Golin.

A "reabilitação" acontece no livro "A Guerra Guaranítica", um farto documento de 623 páginas, com narrativas das ações dos exércitos de Portugal e da Espanha, que levaram à destruição dos chamados Sete Povos das Missões, na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Golin começa a obra com uma biografia de Sá e Faria e termina reproduzindo seu "Diário da Expedição e Demarcação da América Meridional e das Campanhas das Missões do Rio Uruguai (1750-1761)."

"Lendo seu diário, a gente percebe que ele foi quem melhor compreendeu o momento histórico da construção do estado nacional português na América", justifica o autor, 44 anos de idade, professor de cultura brasileira e teoria da comunicação da Universidade de Passo Fundo. "Sua atuação foi fundamental para a consolidação das atuais fronteiras e do espaço do Brasil, vinculado à coroa portuguesa", destaca.

A partir de meados do século 18, Sá e Faria passou a percorrer todo o Brasil, desde o litoral até o interior - principalmente São Paulo, Mato Grosso, Paraná e, mais tarde, a região Sul. Ele tinha amplas noções de "arte, estética, perspectiva, espacialidade e compreendia os fenômenos sociais gerados pela representação dessa espacialidade".

Em fevereiro de 1777 ele chegou à Ilha de Santa Catarina, ameaçada de conquista pelos espanhóis. "A tragédia catarinense transcorreu pela desconexão entre o planejamento do gabinete de Pombal e sua execução pelo vice-rei Lavradio e seus auxiliares diretos", resume Tau Golin, cuja obra também possui o mérito de apresentar informações novas sobre o episódio da tomada da Ilha de Santa Catarina pelos espanhóis.

Coube ao próprio Sá e Faria a tarefa de assinar os termos de rendição com os espanhóis liderados por Ceballos, com quem seguiu preso com destino a Buenos Aires, onde permaneceu por opção. "Ele resolveu ficar, contratado pela coroa espanhola, executando importantes serviços", assinala Tau Golin. Foi ele o responsável pelo primeiro plano diretor de Buenos Aires (um dos primeiros do mundo), além de haver construído a catedral da capital argentina e projetado a de Montevidéu, no Uruguai.

Por esse motivo, ele é visto até hoje como um maldito, raramente citado pela historiografia portuguesa. No lado espanhol, pelo contrário, foi saudado como um importante reforço na consolidação do domínio da Espanha na região do Rio da Prata.





A Guerra Guaranítica

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