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Depois de reconstituir o mundo da bossa nova no já clássico Chega de saudade, Ruy Castro mergulha no universo do samba-canção e das boates cariocas dos anos 1940, 50 e 60. Em 1946, o presidente Eurico Gaspar Dutra proíbe os jogos de azar no Brasil. A decisão gerou uma legião de desempregados e um grande contingente de boêmios carentes. Os cassinos fecharam, mas os profissionais da noite logo encontraram um novo ambiente: as boates de Copacabana. Em vez das apresentações grandiosas, as boates favoreciam a penumbra, a intimidade, o romance. Assim como a ambience, a música baixou de tom. Os músicos voltaram aos palcos, mas em formações menores, tocando quase como um sussurro ao ouvido. Essa nova música, as boates e o contexto que fez tudo isso possível são o tema do novo livro de Ruy Castro, que mais uma vez nos delicia com sua prosa arrebatadora.

Resenhas para A noite do meu bem: A história e as histórias do samba-canção (1)

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O samba-canção nunca morreu

Luiza

5

on 13/7/21

Não posso dizer que devorei o livro. Na verdade, eu saboreiei cada página, cada caso, cada estrofe citada, como quem saboreia cuidadosamente um drink numa noite especial. Fui lendo e visitando as canções que Ruy usou para embalar suas histórias. As canções estão acessíveis na nuvem, e isso tornou a leitura uma experiência transcendental. Depois de ler outras biografias de Ruy (Nelson Rodrigues, Carmen Miranda, Saudades do século XX, Ela é Carioca etc), me debrucei nessa história do ... leia mais