A São Paulo inventada por Álvares de Azevedo

A São Paulo inventada por Álvares de Azevedo Mônica Gomes da Silva




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Em 1848, Álvares de Azevedo chegou a São Paulo para estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e lá permaneceu até 1851. Foi companheiro de Aureliano Lima e Bernardo Guimarães, grandes boêmios, mas tornou-se amigo particular de Luís Antônio da Silva Nunes, o correspondente escolhido para falar de suas “fantasias” e confessar dores marcadas pela maldição da melancolia e do tédio mais profundo.
Na sua jornada, Mônica Gomes encontra, no “espaço biográfico” das cartas, as sensações de estranhamento de um missivista peculiar, que se expressa e se constitui como sujeito da escrita, numa linguagem ondulada, que busca o tom exato das coisas, mesmo as mais triviais, com alusões, símbolos e metáforas. Na moldura temporal dos relatos, está o espaço geográfico e social da cidade paulista, desenhado como uma província de feição colonial, com poucos edifícios e ruas mal pavimentadas: “Tudo aqui parece velho e centenário... até as moças são insípidas com a mesma velhice”. A personalidade literária do poeta, alimentada pela cultura livresca e cosmopolita, condena o atraso e a ignorância local, tornando o remetente irredutível na crítica ao nacionalismo vigente na época. São Paulo é o Brasil: “na minha terra só há formigas e... caipiras”.





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