AZUL: ESTRANHOS CAMINHOS

AZUL: ESTRANHOS CAMINHOS José Afrânio Moreira Duarte




PDF - Azul


LEITORES,

Sim, as dedicatórias são muitas, eu sei, e há outras tantas em livros meus...

Certa vez, convidei o escritor José Afrânio Moreira Duarte para almoçar em minha casa. Gosto de receber as pessoas e modéstia à parte, fui cozinheiro profissional durante muitos anos.O autor, muito admirado com a extensão da minha clássica biblioteca; fez verdadeiras argüições sobre vários títulos. Alguns, dos quis ele mesmo havia escrito ensaios. o que mais chamou-lhe a atenção foi o Ulisses, de James Joyce. Custou por acreditar que, um jovem o teria lido lido por duas vezes. Somente depois de citar de cor algumas partes do espesso livro, ele creu. Ele gabava-se de ser guloso, mas sempre dizia que, a idade não permitia muitos abusos. Tomou uma taça de vinho, acomodou-se na cadeira e disse: "_Você tem algum livro meu em casa? _Livro que eu não tenha lhe dado ou autografado a você?"

organizando seu testamento e preparando para a partida; como revela; de maneira velada em seu AZUL:ESTRANHOS CAMINHOS, havia destinado a sua biblioteca para a sua cidade natal; Alvinópolis-MG. Nem desconfiei. Tirei da biblioteca sua obra completa. O autor fora um mestre para mim. Ele cuidadosamente separou os livros que não destinara à minha pessoa por doação ou autografados. "_Posso ficar com estes?" Fazer o quê? Sempre dizia-me que, se preciso fosse, doava até a própria roupa em caridade. Eu bem sabia disso. levou até a primeira e a segunda edição de O MENINO DO PARQUE. Alguns dos livros estavam com dedicatória ao seu primo e escritor EDGAR DE VASCONCELOS. Acredito que a família do citado primo tenha vendido a sua biblioteca, pois em um único sebo encontrei todos os volumes adquiridos, exceto a primeira edição de O MENINO DO PARQUE.

Mais tarde, doei parte da minha biblioteca à FUNDAÇÃO DONA PENINHA, mantida pela MAZZA EDIÇÕES,juntamente com uma mil e quinhentas revistinhas em quadrinhos. Outra parte, vendi para um sebo no Edifício Arcângelo Maleta, em Belo Horizonte. Passava de mil volumes; literatura brasileira e clássicos da literatura Universal. Não arrependi, guardei apenas meus "livros de cabeceira" hoje; narro este fato com saudosismo de autor e do autor. Esteja com Deus...

Nelci Nunes O FALADOR.





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