Nossa ideia inicial era escrever contos e crônicas, mas, no meio do caminho, uma surpresa: percebemos que nossas inquietações não cabem em gêneros. As histórias contadas aqui não são crônicas ou contos, elas - parafraseando Clarice Lispector - apenas são. Solidão, morte, amor, loucura e moral são temas recorrente em nossos textos. Escrevemos para desnudar a alma e seus mistérios, para tentar entender as contradições do nosso século.
Mas pode haver uma dose de mentira e humor em cada história. O nome do livro é uma homenagem ao nosso querido Machado de Assis. Transformamos o nome da personagem do livro Dom Casmurro em verbo nosso, que define, simultaneamente, o leitor e o ato de ler, o escritor e a escrita. Somos, dessa forma, capituandos: leitores e escritores ao mesmo tempo.
Nós, Eliane Herrero, Fernanda Xavier, Katiane Rodrigues e Ronaldo Barbosa, escrevemos porque dessa forma somos. Eliane aborda os temas mais dolorosos com sensibilidade e doçura. Fernanda consegue intrigar seus leitores com seu humor peculiar e criatividade. Katiane escreve com ímpeto e emoção sobre a vida e o amor. Ronaldo faz "poesia" com o cotidiano. Há ainda uma crônica deliciosamente bem-humorada de Evandro Luiz Lopes.
Ao leitor, nosso convidado e conviva, esperamos servir uma variedade de sensações, uma verdadeira experiência. Capitue-se.