O mais primitivo dos sentimentos humanos — o medo —, nas reveladoras palavras do contista uruguaio Horacio Quiroga, é, por natureza, o sentimento mais íntimo e vital. No conto “O Galpão”, um jovem estudante narra uma experiência rural aterradora.
Para Maupassant, as situações ordinárias da vida, por mais ameaçadoras que sejam, não proporcionam a real experiência do medo. O verdadeiro medo, o pavor substancial, somente se sente em situações anormais – mas não necessariamente sobrenaturais –, permeadas pela névoa do mistério e tangidas pelo horror e pelo profundo desespero com que o desconhecido abala o frágil e suscetível espírito humano. Em sua narrativa “O Medo”, o grande mestre francês retrata situações de inenarrável pavor: entre as dunas Saara, um grupamento militar apavora-se com um rufar misterioso; na França, um grupo de pessoas, recolhidas numa cabana rural, aguarda, ansiosamente, a chegada de um inimigo sobrenatural.
“O Medo”, do escritor galego Del Valle-Inclán, transporta o leitor a um ambiente terrivelmente macabro, no qual o jovem militar, ao lado de seu padre confessor, deve reabrir o sepulcro de um antepassado secular, cujos ossos se entrechocam ruidosamente...
O autor mexicano Amado Nervo registra, com maestria, todo o pavor de um homem constantemente atormentado pelo “Medo da Morte”.