Falar

Falar Edmundo de Novaes Gomes




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Falar, todos falam. Falam dos outros, falam de si. Falam disso, falam daquilo. Ouvir, poucos ouvem. Ouvir dói. Ouvir choca. Por isso, “Falar”, primeiro romance de Edmundo de Novaes Gomes, causa estranhamento. Mexe nas entranhas.

Antes de tudo, o livro, Prêmio Casa de Cultura Mário Quintana 2003, é uma colagem. A personagem central, Ana, não é um retrato, mas uma montagem de vários retratos. Não é um rosto, mas restos de vários rostos. Assim, não é possível manter-se distante da narrativa, porque, num determinado momento, um pedaço seu compõe essa colagem.

O enredo do livro conduz a reações inesperadamente esperadas. É como se o autor desse as mãos para o leitor e o conduzisse durante a trajetória do “Falar”. Edmundo sabe onde e como tocar o leitor. Constrói personagens para você amá-los e odiá-los. O tempo todo, Novaes bate e sopra. Palavras no diminutivo para situações pesadas, como o estupro de Neguinha, uma criança com 6 ou 7 anos. Um estupro feito pelo próprio pai da menina, um homem de características apaixonantes e gestos reprováveis.

Assim, o autor grita absurdos e sussurra palavras de amor. E, quando você deseja soltar as mãos e correr dali, o autor a segura ainda mais forte. É impossível se desvencilhar. Tapar os ouvidos. É impossível não querer falar. Daí vem o mal estar: você está fadado a ouvir.





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