Sem James Joyce a literatura contemporânea não teria tido sobrevida; sem James Joyce a literatura moderna não teria tido vida. Verdade ou mentira, o irlandês James Joyce é sinônimo de revolução, tal como seu provável modelo, o poeta francês Stéphane Mallarmé, Joyce é mito, "monstro da literatura": louco, ilegível, gênio.
O romancista e ensaísta Anthony Burgess conviveu meio século com a obra de James Joyce, e neste livro resgata o gênio, vislumbrando nele, enfim, a vinda do homem comum. No prefácio ao livro, Burgess escreve: "A aparente dificuldade faz parte da grande anedota de Joyce; tudo o que é profundo é em geral expresso em sonoros termos de Dublin; os heróis de Joyce são homens humildes. Se alguma vez houve um grande escritor popular, Joyce foi este escritor".