O homem que inspirou a palavra maniqueísmo, o profeta Mani, finalmente teve a atenção que merece no livro Jardins de luz. O autor Amin Maalouf nos oferece uma visão mais ampla sobre o profeta que tinha como objetivo maior conciliar todas as religiões em uma só.
Neste romance, o profeta — que foi médico e pintor — tem a sua vida reconstituída numa história que começa menos de dois séculos após a morte de Cristo. Seu pai, um príncipe, renuncia a seu trono e afasta o filho, Mani, de sua mãe, para que ambos possam seguir Sittai, o fundador de uma seita agnóstica. No entanto, aos 24 anos, o profeta tem sua primeira revelação ao escutar uma voz que revela seu destino: "subjugar reis, empurrar as crenças e perturbar o mundo".
De uma das grandes religiões da Antiguidade — que teve seguidores na Índia, China, África, Itália e Sul da Espanha —, o que resta hoje do maniqueísmo é a visão deformada que se resume em uma palavra que soa como um insulto: maniqueísta. A descoberta de fontes árabes, persas e armênias renovaram o conhecimento a respeito de Mani, além da recente exumação de documentos e manuscritos escondidos perto de Tebessa — Argélia —, que trouxeram à tona novos dados sobre o protagonista do romance Jardins de luz, de Amin Maalouf.
Nascido em 1949, no Líbano, jornalista, Amin Maalouf cobriu eventos como a guerra do Vietnã e a revolução iraniana. O autor também publicou Les Croisades vues par les Arabes, Samarcande e o premiado romance Léon l’African, baseado na vida de um viajante do século XVI.
"O autor dedica seu livro a Mani, personagem esquecido e de quem nós pronunciamos o nome sem saber, quando dizemos a palavra maniqueísta. O livro traz uma escrita vigorosa e discussões ternas, simples, fortes e convincentes."
— Eric Sarner, L’Express
"Todos os ingredientes de um grande romance estão presentes em Jardins de luz, que nos põe a par da lenda e da verdade. O talento do contador nos mostra sua grandeza e a voz do pesquisador da verdade."
— Le Monde