Libertado da condição de 'como se fosse', e por isso confortavelmente assentado nessa condição, o dizer cinematográfico torna-se objeto de interesse da academia, principalmente das Humanidades, podendo, na condição de deslocamento do valor do discurso acadêmico, constituir-se como campo reflexivo. Isto é, os discursos do cinema que tratam de questões caras às chamadas ciências humanas, podem ser então pensados não como simples representação de um real dado, mas como campo reflexivo, o que significa entender esse campo de pesquisa e interpretação da dicção cinematográfica como domínio de construção de significações e signos em que se desenrolam como drama, violentas disputas pelo poder hegemônico dos termos política, ética, território, identidade etc.