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Conceição relê Clarice. “Se essa história não existe, passará a existir. (Clarice Lispector)”
Há quase 50 anos, Clarice Lispector publicou A hora da estrela, seu último e mais emblemático romance. Nascia então Macabéa, jovem nordestina, pobre e migrante, cuja vida era marcada por dores, silêncios e apagamento. Agora, brota a Flor de Mulungu. Neste conto ilustrado, a premiada e incontornável voz da literatura brasileira contemporânea Conceição Evaristo revisita e dá novos contornos à Macabéa, em um manifesto literário que coloca a escrita como uma forma de fazer vingar a vida.

“A Flor de Mulungu não ia fenecer. Não. A posição fetal em que ela se encontrava era um indício de que uma nova vida se abria. Ela ia nascer por ela e com ela. Macabéa ia se parir. Flor de Mulungu tinha a potência da vida. Força motriz de um povo que resilientemente vai emoldurando o seu grito. ” - Conceição Evaristo

O olhar de Evaristo para esta personagem é realista, evoca a ancestralidade de Macabéa (e de todas as Macabéas que ali habitam) para costurar uma nova trajetória em que “Mulheres como Macabéa não morrem. Costumam ser porta-vozes de outras mulheres, iguais a elas".

Resenhas para Macabéia, Flor de Mulungu (0)

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Izaiane.Oliveira

5

on 3/4/24

Macabéia, Flor de Mulungu é uma recontagem da obra A hora da estrela de Clarice Lispector de um outro ponto de vista. Aqui Macabéia é descrita como dona de uma sapiência, sua sabedoria no entanto não está nas palavras mas sim na sua capacidade de esculta e de cuidado do mundo e das pessoas. Assim como no romance A hora da estrela, o conto de Conceição Evaristo também aborda a morte, só que aqui a morte não representa um fim, mas sim o começo de um novo ciclo.... leia mais