"Migo é uma espécie de retrato psicológico do intelectual na sua forma de romancista provinciano e um mergulho na mineiridade. É, na verdade, um romance confessional, em que me mostro e me escondo, sem fanatismos autobiográficos. Mais revelador, porém, acho eu, do que sou e do que penso, do que seria possível na primeira pessoa. É um texto muito trabalhado, mais que os outros. Não, talvez, pela tarimba que alcancei como romancista, mas sim por ter como fulcro a própria escritura.
"Migo é minha autobiografia inventada, uma vida que eu até poderia ter vivido se tivesse (...) ficado em Minas." (Darcy Ribeiro, Confissões, S.Paulo, Ed. Companhia das Letras, 1997, p. 515)