Movimento Camponês - Trabalho e Educação

Movimento Camponês - Trabalho e Educação Marlene Ribeiro




PDF - Movimento Camponês - Trabalho e Educação


“O esgotamento rápido de uma obra sobre sujeitos sociais historicamente esquecidos – camponeses nas suas diferentes expressões culturais e formas de trabalho – não se poderia prever. São estes sujeitos diversos na unidade: Movimento Camponês, os proponentes da relação trabalho-educação-cooperação de que trata esta obra. Surpresa e mantendo meu compromisso, como educadora pesquisadora organicamente vinculada aos movimentos sociais populares de luta pela terra, que integram este Movimento, sou desafiada a escrever algumas linhas a guisa de uma reintrodução aos novos leitores e leitoras.

Vou dirigir minhas palavras, com especial carinho, aos educadores, aos educadores e educandos de todas as regiões do país, das Licenciaturas em Educação do Campo, que resultam de projetos efetuados por algumas universidades em convênio com o Incra, utilizando recursos do Pronera. Junto com os coordenadores dos cursos, educadores e educandos fazem enormes esforços para garantir a qualidade da formação oferecida, mas também os recursos, de todas as ordens, para a efetivação dessas licenciaturas. Apesar de enormes as dificuldades enfrentadas, as experiências de Educação do Campo põem em prática uma formação humana articulando trabalho agrícola e educação escolar, o que não ocorre no modelo liberal em que escola e trabalho estão separados. Com isso, coloca-se a perspectiva de ampliarem-se os limites da liberdade individual para incluir os diferentes “outros”, e de tornar concreta a autonomia do trabalho pela posse e cultivo da terra.

Transcendem-se, deste modo, a liberdade e a autonomia definidas no pensamento liberal para projetar o horizonte possível de emancipação de toda a sociedade. Com estas breves palavras reafirmo meu compromisso – o de fazer a história que é transformação social – no coletivo, que compreende tanto os que já se foram como aqueles que, ainda vivos, persistem no cotidiano das lutas, em especial os educadores e educandos do campo.

Aos companheiros e companheiras do Movimento Camponês, nas suas diferentes faces e expressões, mas, sobretudo naquilo que nos une – a luta pela terra de vida e trabalho – o meu abraço. Sou movida pela esperança tornada práxis, por isso acredito, como Benedetti, que ‘Cantamos porque o grito só não basta e já não basta o pranto e a raiva…’; há muita ternura e calor humano no que fazemos.”





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