Música, maestro! - Do canto gregoriano ao sintetizador, do maestro Júlio Medaglia, vai muito além do próprio subtítulo: da "Antigüidade" até o "Desafio futuro", títulos do primeiro e do último capítulos. O livro inclui glossário, discografia, iconografia, bibliografia e índice remissivo. Além disso, o leitor é brindado com um CD especialmente produzido para esse livro, contendo peças anônimas ou de autores mencionados no decorrer da obra: Desprez, Palestrina, Byrd, Bach, Vivaldi, Handel, Mozart, Haydn, Beethoven, Chopin, Debussy e Villa-Lobos.
O próprio autor resume a promessa de Música, maestro!: "Esperamos que a narrativa motive o leitor a se interessar por variados universos sonoros, dando-se conta de como é imensa a capacidade criativa do ser humano em manipular o som - mesmo porque, ele vai acompanhá-lo de perto durante toda a sua vida, mais que qualquer outra criação do espírito humano". E o livro, sem dúvida, motiva. Não é sempre que se tem em mãos, num volume relativamente compacto de 352 páginas, aliando clareza e abrangência, toda a história de uma arte, de uma linguagem, e além da história, suas principais características em cada momento histórico: a era cristã, a polifonia (de 800 a 1600), a música instrumental (até 1600), o estilo barroco (de 1600 a 1750), o estilo clássico (de 1750 a 1820), o estilo romântico (de 1820 a 1900), o século XX, são, assim, os títulos de seus capítulos principais.
O último, porém, mais do que um capítulo, ocupa na verdade quase metade do livro, subdividido em partes relativas aos seus principais nomes, movimentos e lugares: Erik Satie, Claude Debussy, Serguei Diaghilev, Escola de Viena, Expressionismo /Atonalismo, Dodecafonismo, Neoclassicismo, Carl Orff e Carmina Burana, Les Six, Estados Unidos, Gershwin, Bad-boys, O jazz, Segundo pós-guerra, Final do século XX, Década de 60 em diante, Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen, Os três italianos [Bruno Maderna, Luigi Nono e Luciano Berio], Últimas décadas do século XX. Seguem-se, então, capítulos específicos para a música brasileira, tanto erudita quanto popular (na qual o autor tem participação histórica - logo, conhecimento profundo, além de pessoal - como o grande arranjador das composições mais importantes do tropicalismo).