No próspero e feliz principado de Milharal tudo é harmonioso.
A imensa população de milhos vive despreocupadamente, pois teve a boa sorte de possuir um governante magnânimo, o príncipe Milho Emiliano.
O soberano mora no rico Palácio de Fubá e possui dois fiéis conselheiros: Milano e Mileto. São eles que decidem sobre o rumo da vida palaciana e, também, sobre o destino de seu príncipe.
E foi pensando na felicidade do príncipe que eles decidiram que Milho precisa se casar o mais depressa possível.
Após tomar conhecimento da decisão de seus conselheiros, o príncipe resolveu aceitar a
proposta, contando que as pretendentes fossem submetidas a uma prova.
A notícia de que o príncipe estava à procura de uma noiva se espalhou logo nos povoados vizinhos e logo chegaram as primeiras pretendentes.
A representante do povoado de Milharada se chamava Milena e tinha cabelos lilases; já a
representante de Milhafre, possuía cabelos na tonalidade rosa avermelhado: Milharina era o seu nome.
A concorrente do povoado de Milheiro possuía cabelos amarelo-esverdeados: seu nome era Milhinha; a última concorrente a se apresentar foi Mila que possuía perfumados cabelos pretos: Milhagem era o povoado representado por ela.
Quando chegou enfim chegou o momento da ‘prova real’ Milho experimentou o anel nas três primeiras; porém os resultados foram desanimadores; mas ainda restava uma pretendente e ele experimentou o anel no dedo de Mila, onde coube perfeitamente.
O casamento real se realizou na manhã seguinte e o “anel espigado”, possuidor de rara beleza, pode brilhar na mão de sua afortunada dona; afinal de contas, as opalas e os brilhantes costumam brilhar bastante!