Douglas ouviu seus demônios e, com o fogo de abismos interiores, escreveu um poema maldito, alterou o fluxo das coisas. E criou vida. E se o inferno se curva ao desejo de criação, não seria diferente com a morte. Pois ele conjurou sua obra-prima, a bailarina Safira, e a condenou a uma dança eterna, extasiada pelo Réquiem dos mortos. Todavia, sem sua canção, o ceifeiro não pode mais guiar as almas para o outro lado. Por isso, o afamado escritor e o Pássaro da Morte se embrenham numa trama diabólica, envolvendo os corredores sanguinolentos de um hospício, os maravilhosos horrores de um circo itinerante e a obsessão de uma deusa esquecida, a Senhora da Cidade dos Relógios. O Réquiem do Pássaro da Morte é uma história gótica de fantasia sombria, uma narrativa que, como fogo, queima aqueles que chegam perto demais.