Paisagens Humanas do meu País

Paisagens Humanas do meu País Nâzım Hikmet




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Uma velha senhora caminha em meio à multidão na ponte Galata, em Istambul. Carrega um cartaz em que se lê: "Meu filho Nazim Hikmet está fazendo greve de fome. Eu também quero morrer." A foto foi feita em um dia de primavera, as árvores da Pointe-du-Sérail estão floridas. Seu filho, o grande poeta turco Nazim Hikmet (1902-1963), cujo centenário se comemora este ano (leia, nesta edição, o artigo "O comunista romântico, de Charlotte Kan), parece cansado em outra foto do mesmo jornal, de 9 de maio de 1950. "Nazim Hikmet está fazendo greve de fome há seis dias", diz o título em letras garrafais. E, cinqüenta anos depois, no limiar do século XXI, o sub-título parece algo insólito: "O médico da prisão diz que, em caso de perigo de morte, vai intervir1 ."

Mas o que vai fazer exatamente esse médico? Forçar o preso a comer. Condenado a uma pena pesada, em um longo processo construído nos mínimos detalhes, o poeta estava preso em Bursa, há doze anos, quando começou uma greve de fome para recuperar a liberdade. E ainda teve forças suficientes para escrever o poema "O quinto dia de uma greve de fome", dedicado a seus amigos franceses, entre eles os poetas Tristan Tzara e Aragon, que lutavam por sua libertação: "Meus irmãos / Se não conseguir dizer da melhor forma / O que tenho para lhes dizer / Queiram me perdoar / Estou tonto, uma ligeira tontura / Não de raki2 / De fome, um pouquinho.





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