#Parem de nos matar!

#Parem de nos matar! Cidinha da Silva




PDF - #Parem de nos matar


Todas as vezes que surge uma personagem negra estereotipada como essa nos programas de entretenimento aos domingos, a segunda-feira das crianças e adolescentes negros na escola será um filme de terror que se estenderá por semanas, meses e anos, a depender da duração da personagem na tevê. E os familiares dessas crianças perderão horas, dias, semanas e meses preciosos de educação, lazer e fruição ensinando-as a reagir, a não sucumbir, a manter a cabeça erguida, a preservar o amor próprio diante de tanta violência direcionada e objetiva.

Os exemplos racistas da televisão também inspirarão situações de discriminação racial na escola, minimizadas por professoras e professores cansados e despreparados, para dizer o mínimo. As crianças e adolescentes negros que não tiverem tido as lições de sobrevivência do amor-próprio ministradas em casa se sentirão sozinhos, desprotegidos e injustiçados.

Um dia perderão a paciência e poderão chegar às vias de fato com colegas racistas, como último recurso de autodefesa. Então serão taxados de violentos, serão estigmatizados na escola, perderão o estímulo para permanecer naquele ambiente, evadirão com facilidade e a redução da maioridade penal será apontada como solução para retirá-los mais cedo do convívio social e puni-los por terem reagido, da maneira que lhes foi possível, à opressão racial.





#Parem de nos matar!

O PDF do primeiro capítulo ainda não está disponível

O Skoob é a maior rede social para leitores do Brasil, temos como missão incentivar e compartilhar o hábito da leitura. Fornecemos, em parceira com as maiores editoras do país, os PDFs dos primeiros capítulos dos principais lançamentos editoriais.

Resenhas para #Parem de nos matar! (9)

ver mais
Incômodo, forte e necessário

Foi muito difícil terminar de ler esse livro por motivos óbvios: o racismo é violento, é forte, ele mata, ele é real e as histórias me levaram a exaustão. Eu, uma caucasiana, que estou apenas lendo, fiquei exausta, de estômago embrulhado, fiquei mal. Agora, para e pensa quem está vivendo isso todos os dias?! Cidinha, em crônicas, fala sobre condescendência branca, direitos humanos, crimes racistas, racismo na tv (e em todo lugar) e ensina didaticamente (e com uma alta dose de sarcasm...
Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR