Sobre Ética e Psicanálise

Sobre Ética e Psicanálise Maria Rita Kehl




PDF - Sobre Ética e Psicanálise


Há pelo menos duas maneiras de abordar as relações entre a psicanálise e a ética. A primeira, como uma
ética da psicanálise, no sentido de uma ética profissional, assim como se fala em ética médica, ética jornalística etc. A segunda refere-se às implicações éticas do advento da psicanálise no Ocidente, como um pensamento e uma prática questionadores dos pressupostos éticos tradicionais, que, de fato, já não se sustentavam como orientadores da ação moral nas sociedades do final do século XIX. A psicanálise não surgiu como proposta de uma “nova ética” para o mundo moderno. No entanto, a virada freudiana abalou profundamente algumas convicções a respeito das relações do homem com o Bem, exigindo que se repensassem os fundamentos éticos do laço social a partir da descoberta das determinações inconscientes da ação humana. Há uma crise ética em curso no mundo. Ela não surgiu na virada do milênio: há uma origem e uma história. Mas, hoje, ela produz sintomas sociais alarmantes, em decorrência dos quais a sociedade vem reconhecendo, explicitamente, a necessidade de encontrar respostas para eles. Em princípio, eu situaria essa crise ética em duas vertentes principais: uma diz respeito ao reconhecimento da lei, a outra, à desmoralização do código.





Sobre Ética e Psicanálise

O PDF do primeiro capítulo ainda não está disponível

O Skoob é a maior rede social para leitores do Brasil, temos como missão incentivar e compartilhar o hábito da leitura. Fornecemos, em parceira com as maiores editoras do país, os PDFs dos primeiros capítulos dos principais lançamentos editoriais.

Resenhas para Sobre Ética e Psicanálise (10)

ver mais


O primeiro capítulo trata da linha de desamparo condizente à estrutura da linguagem do renascimento à idade moderna, de Levi-Strauss à Montaigne, de Freud à Norbert Elias, mitos e e formas de pensar que norteiam a ética e a constituição do sujeito. O segundo capítulo perpassa a ética kantiana e sadeana, levando ao conceito de pulsões freudiano interligado com o da banalidade do mal de Arendt até chegar no gozo lacaniano. No terceiro capítlo Kehl discorre sobre a virada ética que as a...
Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR