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PDF - Uma outra chance para a felicidade
Um arquiteto renomado, sócio de um escritório em Paris, casado com uma bela mulher, padrasto de uma adolescente 'quase filha'. Eis o retrato da vidinha banal e sem cores, riscos, completamente enfadonha, de Charles Balanda, de 47 anos. No entanto, uma inofensiva carta - avisando sobre a morte de Anouk, mãe de Alexis, seu amigo de infância -, lida por este anti-herói consumido pelo vazio durante uma festa familiar, torna-se o estopim para enfrentar seus fantasmas e lembranças a fim de reconstruir sua malfadada trajetória.
Diferentes tipos de relacionamentos espalham-se pelas cinco centenas de páginas de Uma outra chance para a felicidade, da mais bem-sucedida escritora francesa desde Marguerite Duras, Anna Gavalda. Depois de conquistar mais de três milhões de leitores só na França com o romance Enfim, juntos, ela retorna à narrativa longa com um protagonista na crise da meia-idade em busca de sentido para sua malfadada rotina. Sucesso de público e de crítica, Uma outra chance para a felicidade confirma a vocação de exímia contadora de histórias sobre as angústias humanas de Anna Gavalda.
O anti-herói do romance é Charles Balanda, um bem-sucedido e atarefado arquiteto de 47 anos, sócio de um promissor escritório de arquitetura em Paris, casado com uma bela mulher e padrasto de uma adolescente inquieta. A vida aparentemente ideal revela-se não tão perfeita quando observada mais de perto.
A partir daí, Anna Gavalda desvela os segredos mais bem guardados de Charles. Tudo começa em uma festa na casa dos pais, onde ele descobre um envelope sem remetente contendo apenas duas palavras: “Anouk morreu.” Charles esquece a festa, os pais, a mulher e instantaneamente se vê com menos de 10 anos, conhecendo o novo vizinho.
Charles surpreende-se com o estilo de vida do amigo. Alexis Le Man mora apenas com a mãe, uma enfermeira que dorme de dia e trabalha à noite. Ele faz sua própria comida e até ajuda a limpar a casa. Passam-se semanas até Charles conhecer, finalmente, a mãe do amigo: Anouk. Ela é diferente de outras mães e transforma a vida dos dois pequenos em uma aventura, com direito a passeios a lugares inusitados, amigos exóticos e experiências que fazem a mãe de Charles proibi-lo de frequentar a casa vizinha, proibição que ele decide ignorar. Anouk marca sua vida para sempre.
Não por acaso aquela notícia curta, vinda em um envelope anônimo tantos anos depois, o deixa profundamente abalado. Aos 47 anos, Charles começa a pensar um pouco no que faz, nas extenuantes viagens sem fim pelo mundo, no casamento arruinado, no cansaço que sente. De bom, sobra pouco, apenas os escassos momentos em que convive com a quase-filha, a enteada Mathilde, e com a irmã caçula, Claire. No mais, tudo precisa ser mudado.
E é o que ele decide fazer, inspirado – sempre – pela tresloucada Anouk. Decide procurar Alexis, a quem não vê há décadas. A essa altura da história, Charles mal pode imaginar tudo que a autora ainda planeja para ele e sua vidinha. Ele revê o amigo e, na distante vila em que mora Alexis, Charles encontra a razão que faltava para deixar de lado tudo que o aborrece e começar a viver de forma mais intensa, como vivia Anouk. A partir daí, o anti-herói Charles parece ganhar uma segunda chance para a felicidade.
Uma outra chance para a felicidade
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