Lariane 09/03/2012
Após três anos de ausência, Paul finalmente estava voltando para a pequena ilha em que passou grande parte dos verões de sua vida e iria logo reencontrar-se com as duas irmãs, Riley e Alice.
Vizinhos praianos, Riley e Paul sempre foram melhores amigos, até que a pequena Alice nasceu e Riley resolveu “emprestar” sua irmã para ele também. Longos anos foram passando, os três jovem adultos mantendo a bela relação. Mas tudo iria mudar naquele longo verão...
“Não havia nada de novo em amar Alice. Sempre a amara, mesmo
quando era mau com ela. Ele sempre se lembrava disso,
e isso também lhe tinha sido dito. Ele a amara antes mesmo que
ela sequer percebesse. Não era essa a forma
mais fácil de amar uma pessoa? (...)
Aos 4 anos, quando seu pai morreu, ele soube que não
teria irmãos ou irmãs da maneira tradicional,
e Riley compreendeu a mesma coisa.
- Tudo bem – Riley lhe disse. – Podemos dividir Alice.
Riley era sua igual, sua rival, seu reverso e sua melhor amiga.
De algumas maneiras, achava difícil distinguir-se dela. (...)” (P. 27)
Paul e Riley, quando menores, haviam formado quase que um pacto, o qual estabelecia que entre eles só haveria honestidade, nada mais que isso. De tal forma que, durante todos os anos que foram passando, Paul sabia que, por mais que vivesse a maior parte de sua vida longe da ilha, o que era de real em sua vida acontecia no verão.
Já o relacionamento das irmãs, apesar de ser forte e impregnado de amor, estava aos poucos se transformando. Alice sabia que estava amadurecendo, sabia que não seria mais a mesma, que logo muitas coisas passariam a ter mais importância em sua vida, que estava mais preparada a enfrentar seus problemas como adulta. Contudo, sabia também que Riley estava estagnada e, fiel a seu coração, continuando a ser o que era.
Ainda que Paul sempre tivesse sido mau com ela, vivesse pegando no pé e fazendo brincadeiras duvidosas, Alice sempre fora perdidamente apaixonada por ele. No reencontro, depois de anos separados, Paul e Alice logo notam que uma forte atração estava fulminando ambos. Mas, e a amizade? E o forte laço que mantinha os três unidos?
“Mas como ele poderia? E se ele arruinasse tudo? E se
ele destruísse a melhor coisa que tinha? Era para isso
que ele vivia. Preferiria protegê-la, para o resto da ida como o curador de um objeto inestimável, do que considerar perdê-la” (P. 104)
O primeiro beijo dos dois foi doce demais, anos se amando e se desejando, até que, enfim, puderam selar o lindo sentimento existente. Lindos encontros começam a suceder, Alice e Paul não conseguem mais deixar de ser amar.
E Riley? Um trágico acontecimento mudará completamente a vida dos três amigos, muito sofrimento e grandes descobertas sobre suas vidas irão acontecer. O amor será grande para suportar?
Primeiramente, deixem eu gritar: QUE ROMANCE FOFO. Pronto, posso continuar sem surtos. (risos)
Depois de ler de forma alucinada a série A irmandade das Calças Viajantes (logo haverá resenha dos quatro livros da série), ao descobrir que esta autora possuía mais um livro aqui publicado, corri feito alucinada para ler mais esta obra dela. Precisava ler, precisava me conectar mais uma vez a sua narrativa tão bem elaborada e impregnada de emoções.
Não me decepcionei, eu AMEI o livro com paixão! Ora, tem todas as características que muito me apetecem, um enredo simples, narrado de forma poética e recheado de reflexões e belos pensamentos.
A primeira surpresa que tive, confesso, foi o fato de ser quase um livro de memórias e, consequentemente, com um ritmo muito lento. Vários e vários trechos, intervalados com o presente no livro, narram o passado do trio na pequena ilha.
No entanto, este fato não pode ser encarado por mim como negativo, já disse inúmeras vezes que adoro livros mais reflexivos e norteados pelo sentimentalismo, de tal modo que me apaixonei por Nosso Último Verão, talvez, principalmente por isto. Mas temo que justamente o que me agradou seja o motivo que faça muitas pessoas desgostarem dele...
Os personagens são outro ponto que muito me agradou. Posso estar sendo controversa, pois em que pese estar esperando que fossem um pouco mais amadurecidos, condizentes com as prováveis situações que já teriam vivido, muitas vezes senti que pareciam ser mais novos que o descrito no livro. No entanto, as memórias que a autora dispôs ao longo da trama, fez com que suas atitudes fossem totalmente críveis.
Só temo em dizer que, mesmo o livro tendo desandado para o choro, não verti uma lágrima sequer. Nos momentos mais cruciais, nos ápices das emoções, creio que a Ann Brashares deveria ter intensificado as emoções, dado uma atenção maior a todos os sentimentos que culminaram as páginas finais.
Peço que leiam os livros da Ann Brashares. Nosso último verão é um romance formidável, extremamente cativante.
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